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Por Granja Marileusa
06 março 2023 - 15:48 | Atualizado em 22 junho 2023 - 20:36
O conceito de Novo Urbanismo se popularizou no Brasil e trouxe qualidade de vida e novas maneiras de se viver em comunidade, trabalhar e ter equilíbrio com a natureza. É uma tendência que une a realidade do dia a dia em um só lugar, integrando: trabalho, escola, serviços e moradia em um mesmo espaço, além de respeitar as zonas rurais.
Além disso, este movimento promove, por meio de seus princípios básicos, a ideia de felicidade e o desenvolvimento sustentável dos centros urbanos. Com um planejamento estratégico e investimentos, é possível criar moradias para o futuro que ofereçam mobilidade, sustentabilidade e preservação.
Veja aqui o que é o Novo Urbanismo, os principais benefícios desse movimento e como ele está sendo aplicado no Brasil em novas moradias. Aproveite e tenha uma boa leitura!
O movimento do Novo Urbanismo surgiu nos anos 90 nos Estados Unidos. Por meio do Congresso do Novo Urbanismo, os norte-americanos discutiram as principais pautas para o desenvolvimento do país e estabeleceram os pensamentos e teorias que fundamentam seus princípios, os quais seriam replicados em todo o mundo.
Resumidamente, o movimento é uma forma de esclarecer como o espaço físico e as construções determinam as vivências e a qualidade de vida das pessoas. Esse impacto irá ter reflexo no desenvolvimento das cidades, na preservação do meio ambiente e na comunidade em geral.
Da mesma forma, é um pensamento que defende a preservação da zona rural e dos solos agrícolas, determinando limites e um crescimento estratégico dos centros urbanos por questões econômicas, culturais e ambientais.
Outro ponto importante é a necessidade de estimular atividades e criar espaços que possam ser percorridos a pé dentro das comunidades que foram planejadas. Desse modo, a comunidade teria mais praticidade e convívio nos ambientes comerciais, de trabalho ou lazer.
Basicamente, o movimento de Novo Urbanismo foi dividido em três tópicos principais para o desenvolvimentos dos centros urbanos, são eles:
– A região: metrópole, cidade e vila
– A vizinhança, o bairro e o corredor
– O quarteirão, a rua e o edifício
Depois, foram organizadas mais de vinte ideias que podem favorecer o planejamento urbano e os planos de moradias que desejam criar verdadeiras comunidades que possam viver em harmonia no dia a dia.
Em 1996, foi escrita e publicada a Carta do Novo Urbanismo pelo mesmo congresso americano. Assim, os criadores do movimento conseguiram determinar claramente os desafios e os ideais principais para alcançar o desenvolvimento saudável das cidades.
O início da carta é marcado pelos registros do crescimento desestruturado do meio urbano, a falta de preocupação com o meio ambiente, segregação e falta de investimento nos centros urbanos. Depois, as pautas são divididas em 3 grupos e 27 princípios essenciais.
Os três tópicos do Novo Urbanismo e os objetivos são:
O primeiro tópico da carta trata de definições de cidades e metrópoles, discutindo como deve ser a organização dos centros urbanos e dos bairros próximos, com comunidades integradas de bairros e distritos nos limites da cidade. Os arredores também devem ser organizados para garantir independência de serviços e equilíbrio de trabalho e habitação.
Outro ponto importante é a defesa das terras agrícolas como parte fundamental da existência da metrópole.
Segundo o Novo Urbanismo, a área rural tem uma relação cultural, econômica e ambiental com os centros urbanos e deve ser respeitada.
Já a questão da mobilidade e variedade de serviços aparecem como elementos essenciais da qualidade de vida no segundo tópico da carta.
Um bom planejamento do espaço urbano conta com trajetos que podem ser percorridos a pé, seja para passeio, escola, parques, trabalho ou áreas comerciais.
Aqui, os corredores também são definidos como as avenidas e ruas que devem ser pensadas para conectar facilmente os ambientes do bairro planejado.
Por último, o terceiro grupo é sobre o paisagismo do projeto arquitetônico e o uso coletivo das áreas públicas.
De acordo com o Novo Urbanismo, o projeto deve ser integrado e respeitar as questões:
– Climáticas;
– Topográficas;
– Históricas;
– e práticas locais, reforçando a identidade da comunidade e cultura.
Além disso, as ruas, praças e parques devem ser espaços confortáveis, seguros e interessantes para todos.
Dessa forma, será mantida a infraestrutura de segurança, acessibilidade e receptividade do planejamento de habitação.
Por ser um pensamento completo de habitação e sustentabilidade, o Novo Urbanismo tem reflexos positivos em centros urbanos, cidades em desenvolvimento e em países que querem repensar a sua cultura de moradia e preservação.
Uma das formas de colocar o movimento em prática no Brasil foi através dos bairros planejados, que combinam habitação, comodidade de serviços e áreas verdes.
De acordo com a ADIT Brasil, os princípios de um bairro planejado dialogam diretamente com a principal carta do Novo Urbanismo.
Em 2022, a organização brasileira elaborou o Manual de Bairros Planejados em defesa de planos de moradias com mobilidade, qualidade de vida e lazer.
Segundo o documento, a principal meta é resgatar a conexão entre pessoas e as cidades.
Portanto, além da reconexão e uso consciente do espaço físico, os principais benefícios do Novo Urbanismo e dos bairros planejados são:
– Segurança;
– Redução de custo com transporte;
– Bem-estar;
– Convívio social;
– Variedade de serviços próximos;
– Valorização do espaço físico;
– Preservação ambiental;
– Uso consciente de recursos naturais.
O Novo Urbanismo não está se popularizando apenas pelas vantagens que oferece aos moradores de bairros planejados.
Felipe Cavalcante, presidente da ADIT Brasil, ressalta que “afinal de contas, todas as pessoas querem morar em lugares bem cuidados, com segurança, vitalidade, onde possam fazer tudo a pé ou de bicicleta, com paisagismo bonito, onde não falte água ou energia e onde possam ter respostas dos responsáveis pela gestão e manutenção do espaço público”.
No entanto, o movimento de valorização da habitação é maior do que quem reside no espaço.
Ele engloba habitantes de bairros próximos, comércios, garante investimentos na cidade e auxilia trabalhadores da área, como corretores e construtoras.
Por meio dos princípios básicos, a comunidade em geral aproveitará os benefícios de um espaço preservado que combina moradia, áreas verdes, espaços de trabalho e inovação.
Um ótimo exemplo de Novo Urbanismo no Brasil é o Granja Marileusa. É um plano completo de expansão de bairro planejado com princípios de habitação, mobilidade e centralidade.
Pensado com o conceito de moradia do futuro, o Granja Marileusa está localizado em Uberlândia (Minas Gerais) em uma área total de 6 milhões de m². Assim como o Novo Urbanismo, esse bairro planejado acredita na convivência e no senso de comunidade, por isso, oferece:
– Inovação com infraestrutura moderna;
– Mobilidade com acesso rápido a tudo;
– Acessibilidade dentro dos empreendimentos e fora deles;
– Sustentabilidade com áreas verdes e preservadas;
– Polo tecnológico;
– Segurança 24 horas;
– Áreas de lazer com ciclovias e parques;
– Gastronomia;
– Espaços culturais com eventos para diversos públicos e estilos;
– Serviços diversificados;
– Convivência harmônica e uma associação que integra tudo isso.
O Granja Marileusa tem um conceito inovador para bairros planejados e centros de negócios. Aqui, o planejamento da próxima década combina os principais pontos do urbanismo, preservação ambiental e mobilidade.
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